Segundo uma nova pesquisa, uma grande porcentagem de homens com
disfunção erétil (DE) também sofre de outros problemas sexuais que não podem
ser tratados com drogas.
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No Brasil, 45,1% dos homens têm disfunção erétil (mínima,
moderada ou completa), problema de alcançar ou manter uma ereção.
No novo estudo, os pesquisadores analisaram questionários de
mais de 12.000 homens com ligeira a moderada disfunção erétil, envolvidos em
ensaios clínicos para um medicamento de ereção.
Os resultados mostraram que 65% dos homens com disfunção erétil
são também incapazes de ter um orgasmo, e 58% têm problemas com ejaculação.
Homens com DE grave eram mais propensos a ter problemas mais
graves de ejaculação e orgasmo. No entanto, tais problemas também ocorreram em
homens com disfunção erétil muito suave. Disfunção no orgasmo foi referida por
26% deste grupo, e disfunção da ejaculação por 18%.
O problema mais comum é a ejaculação precoce, mas outros
problemas incluem ejaculação retardada, incapacidade de ejacular e ejaculação
dolorosa. Disfunção do orgasmo é definida como ausência de orgasmo.
“Enquanto os medicamentos podem ajudar alguns homens a manter
uma ereção, nossa pesquisa sugere que há outros problemas sexuais comuns que
permanecem em grande parte sem solução”, disse o urologista Dario Paduch.
“Devemos expandir a definição de qualidade de vida quando se
trata de desempenho sexual. Nas últimas décadas, temos nos concentrado em
rigidez peniana, com ereção como sinônimo de função sexual normal. No entanto,
muitos pacientes dizem que os problemas com ejaculação – como força ou volume
diminuídos ou diminuição da sensação de orgasmo – são tão críticos quanto”,
argumenta.
Problemas de disfunção erétil são bem conhecidos e tratados,
porém, os homens provavelmente não relatam os outros problemas sexuais que têm,
de modo que a porcentagem real de homens que sofrem com esses outros fatores
pode ser maior. Estima-se que, dos homens com mais de 50 anos na população em
geral, 30 a 40% experimentem problemas em relação ao orgasmo e ejaculação.
Mesmo que os homens conversem com os médicos sobre esses outros
problemas sexuais, há muito pouco que eles podem fazer para ajudá-los.
Existem drogas para DE muito conhecidas, mas nada para as
questões ejaculatórias. Condições como orgasmo e ejaculação são
fisiologicamente complicadas de tratar. O Viagra, por exemplo, a primeira droga
conhecida para DE, foi descoberta por acidente (foi feita originalmente para
tratar pressão arterial elevada).
O próximo passo da pesquisa nesse campo é testar se terapia de
reposição de testosterona poderia ajudar os homens que têm problemas sexuais
além da disfunção erétil.[LiveScience]
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